Enquanto alguns gestores trabalharam duro e exigem muito de si mesmos, outros se consideram incapazes de gerir o laboratório sem uma ajuda profissional. Na pauta de hoje, comentaremos algumas habilidades de gestão que são comuns entre os grandes empresários do mercado e que podem tornar o processo de gerir menos tortuoso.
Um gestor laboratorial não pode garantir a perpetuidade do negócio se ficar apenas atrás da bancada, liberando resultados de exames. Tornar-se gestor é também um amadurecimento profissional, pois não existe uma fórmula mágica; tal posição deve ser aprendida no dia a dia, com humildade, dedicação e persistência.
Agora, vamos as habilidades de um bom gestor:
1. Definir o rumo do laboratório
Como uma bússola, são as metas e os objetivos definidos pelo gestor que norteiam qualquer negócio. Por isso, deve-se observar o mercado atual e suas tendências, para alinhá-los com suas expectativas profissionais e pessoais, e, assim, definir os objetivos do laboratório, bem como as ações necessárias para alcançá-los.
Ao fazer essas definições, o gestor pode priorizar determinadas ações, que até podem ser importantes, mas que tomam tempo e dinheiro, e não necessariamente colaboram para atingir os objetivos do laboratório.
2. Administrar a equipe
Sem um acompanhamento mais incisivo, não é possível saber se os funcionários estão desempenhando bem as suas funções, nem se o negócio está no rumo certo. Sendo assim, o gestor deve dialogar frequentemente com os colaboradores, levando em consideração sua bagagem de vida, ou seja, suas experiências, seus medos, suas aspirações e seus sonhos. É preciso ter paciência e empatia para delegar, a cada indivíduo, as tarefas necessárias para se atingir os objetivos da instituição.
Segundo Warren Bennis, “bons líderes fazem as pessoas sentirem que elas estão no centro das coisas, e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela faz a diferença no sucesso da organização. Quando isso acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao seu trabalho”.
3. Fazer acontecer
Um equívoco muito comum entre os gestores é acreditar que uma boa gestão significa apenas saber delegar. No entanto, a condução de todo o processo se faz necessário para que as coisas aconteçam e fluam da maneira esperada.
“Fazer acontecer” exige que o profissional tenha habilidade de iniciar uma tarefa, conduzi-la de forma organizada e concluí-la em um prazo pré-estabelecido. Dessa forma, a postura da gestão passa a ser vista pelos colaboradores como um modelo a ser seguido.
4. Resolver problemas
Para se manterem competitivos no mercado de análises clínicas, os laboratórios e os gestores precisam se adaptar às constantes mudanças; para isso, a capacidade de resolver problemas é algo imprescindível. Desafios surgem a todo o momento: pacientes querendo processar o laboratório, processos ineficientes, intrigas dentro da equipe, tabelas de preços que não reajustam.... Portanto, não se apavore se sempre existirem problemas para serem resolvidos!
Para solucionar uma situação difícil, o gestor deve descobrir o que está acontecendo de errado, decidir quais medidas podem ser tomadas e aplicá-las imediatamente.
5. Reconhecer e aprender com o erro
Mesmo tentando cometer o menor número de falhas possível, o erro é inevitável. Por isso, além de estar ciente de que isso pode ocorrer com qualquer gestor, deve-se reconhecer quando o mesmo acontece. Quando o gestor identifica o erro e aprende com ele, cresce pessoal e profissionalmente. Embora os erros tragam consequências, equivocar-se na gestão precisa ser visto como um processo em desenvolvimento, isto é, como um aprendizado.
Administrar um negócio não significa apenas definir metas e objetivos em reuniões periódicas para que somente os outros desempenhem funções. O gestor também deve assegurar a perpetuidade do negócio através da análise contínua dos processos exercidos por todos, ou seja, controle de gastos e investimentos, gerenciamento da comunicação do laboratório com o mercado, dentre outras inúmeras funções.