Na primeira parte deste artigo você encontrou algumas sugestões iniciais de como selecionar os colaboradores mais indicados para suas necessidades, e o primeiro passo dessa jornada é ter claro, para você mesmo, que tipo de profissional está buscando, e quais possíveis características seriam mais valiosas. Para traçar esse perfil, recomendamos a metodologia CHA, baseada em três grupos principais de competências divididos entre Conhecimento, Habilidade e Atitude (confira AQUI). Agora que você já visualizou exatamente de quem precisa para compor sua equipe e decidiu quais critérios aplicar, é hora de partir para a busca propriamente dita. Acompanhe nossas dicas:
Onde buscar?
Divulgar indiscriminadamente seu anúncio de vaga pode ser um desperdício de tempo e energia, atraindo candidatos que não se encaixam em seus requisitos mínimos. Atualmente, um bom recurso para evitar isso são as plataformas de busca de colocações como a Infojobs, Catho ou Vaga.com, só para citar algumas. Ao mesmo tempo em que atingem um público amplo, elas oferecem a possibilidade de filtrar as candidaturas ainda antes do primeiro contato direto, através de um pequeno questionário no momento do envio do currículo. Redes sociais também são um ótimo canal. Muitas vezes, o candidato já acalentava o desejo de trabalhar junto a você, e divulgar que está contratando, através das redes sociais, é uma boa maneira de chegar até esses.
No anúncio, seja claro sobre o que necessita. Não deixe de informar os níveis de escolaridade e experiência desejáveis ou imprescindíveis, adiante informações como carga horária, disponibilidade para deslocamentos e plantões, e habilidades adicionais como por exemplo facilidade no atendimento ao público. Depois de recebidos os currículos, não faz nenhum mal disparar alguns e.mails agradecendo o contato mesmo daqueles que não foram selecionados. Isso gera uma imagem simpática e humanizada para a empresa, e essa é uma qualidade cada vez mais valorizada. Aliás, outra atitude que soma pontos à sua reputação e senso de realização é incluir um sistema de seleção amigável a minorias, como disponibilizar vagas para deficientes quando isso for compatível com a função a desempenhar.
Etapas de seleção
Uma vez recebidos e selecionados os currículos, você deve se restringir a um número não muito extenso de possíveis candidatos, e partir para aprofundar o conhecimento através da entrevista. O momento pode ser um pouco tenso para ambas as partes, mas é inevitável, pois é daí que você colherá informações definitivas. Confie na sua intuição. Um candidato com excelentes qualificações e referências, mas que por alguma razão não desperta sua afinidade, é uma contratação que deve ser vista com ressalvas; o atrito diário da rotina de trabalho no laboratório é uma prova de fogo para qualquer relacionamento, e se vocês não sentirem alguma nível de conexão já no primeiro momento pode ser difícil administrar crises mais adiante.
Durante a entrevista você estará não apenas avaliando como sendo avaliado, e é positivo que o candidato também traga suas dúvidas. Isso demonstra desejo de se comprometer de fato com o emprego, então não interprete mal se ele indagar sobre benefícios, horário, detalhes sobre as atribuições e mesmo sobre a infraestrutura do laboratório. Uma boa dica também, principalmente em funções que exigem grande capacitação técnica, é conferir se as qualificações informadas existem de fato, isto é, se a pessoa cursou as formações que alega ter cursado, por exemplo.
Além da entrevista, é usual levantar informações sobre o candidato através de outras fontes, como seus perfis em redes sociais e suas referências anteriores. No primeiro caso, considere que perfis em Instagram ou Facebook, salvo se expressamente direcionados, não são uma representação indiscutível do desempenho daquela pessoal em sua vida profissional; essas postagens em geral ilustram momentos de lazer, interações sociais e vida em família, e é bem possível que um grande “festeiro” seja também um colaborador dos mais responsáveis. De qualquer forma, é uma fonte de informações adicionais interessante.
Acompanhamento e feedback
Tudo certo, você achou um candidato que se encaixa nas suas necessidades e ele já está cumprindo o período de experiência. Caso resolvido, certo? Não exatamente.
Uma vez no laboratório e interagindo com esse novo contexto, instaura-se a etapa final de avaliação da contratação, que não é chamada de “período de experiência” por acaso. Além do desempenho objetivo no cumprimento das tarefas designadas, fique atento à sintonia fina; o colaborador manifesta interesse e satisfação por estar ali? Está conseguindo interagir suficientemente com o resto da equipe nesse primeiro momento? Se não tiver certeza, pergunte. Às vezes, basta uma breve troca de ideias para corrigir o curso, e tornar essa uma colaboração de sucesso que vai agregar muito à produtividade e alcance das metas do seu empreendimento. Afinal, não esqueça de que são os funcionários os grandes responsáveis por projetarem sua cultura empresarial, sua missão e valores, que irão se refletir em como a comunidade vê seu empreendimento.
Então, gostou das nossas dicas? Gostaríamos muito de ouvir sobre suas experiências de seleção e contratação, e se tiver relatos a compartilhar, será ótimo! Até a próxima!
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