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Constatações da Área Laboratorial sobre a Pandemia




O ano de 2020 começou trazendo grandes desafios, bem como a necessidade de adquirir novos aprendizados. Prova disso é que muitos de nossos leitores estão debruçados sobre estudos de virologia e fazendo malabarismos para manter a qualidade e a reputação dos laboratórios em que atuam. O cenário que estamos enfrentando atualmente talvez seja temporário, mas como somos surpreendidos dia após dia com novas informações e descobertas, é impossível prever quanto tempo levará para o mundo voltar à normalidade.

Considerando os desafios provenientes da pandemia, na pauta de hoje, fizemos um balanço dos aprendizados gerenciais já absorvidos pela nossa equipe. Não deixe de conferir!


1. Pode ser que o laboratório esteja saindo fortalecido


Mesmo com diversas campanhas para conscientizar a população de que a saúde deve ser monitorada, principalmente em tempos de pandemia, muitos prescritores especialistas deixaram de atender os pacientes em seus consultórios, e isso gerou um efeito cascata em todos os estabelecimentos de saúde: com menos atendimentos médicos, a diminuição de requisições procedentes de consultas tornou-se frequente.


Apesar da baixa demanda, alguns laboratórios estão conseguindo superar as dificuldades e realizar os exames, mantendo um faturamento muito próximo ao do ano passado no mesmo período. Exemplos assim levantam a hipótese de que o laboratório está fortalecendo seu espaço na sociedade e que provavelmente terá um incremento no faturamento no fim da crise.


2. Lugar de informação e exame confiáveis é no laboratório


Aparentemente, o SARS-CoV-2 não leu os livros-base das universidades, e trouxe uma necessidade de renovação do conhecimento ímpar: iniciamos o quarto mês de isolamento social ainda sem compreender totalmente como devemos proceder em relação ao vírus. Com isso, o laboratório se tornou também um lugar de aconselhamento, pois pacientes e médicos estão procurando os estabelecimentos de análises clínicas para entender melhor sobre a janela de detecção, bem como a interpretação dos resultados, informação esta que não é reforçada pelas farmácias que vendem os testes imunocromatográficos.


Segundo Irineu Grinberg, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), cometemos um erro ao aceitar a denominação de testes rápidos, traduzidos pelos consumidores como testes fáceis. Passados os primeiros momentos de seu uso, percebeu-se que a interpretação é muito mais complicada do que se previra, e que a qualidade de algumas marcas comercializadas ainda deixa a desejar, pois não assumiram nem um dos fatores de verificação da qualidade e de padronização.


“Precisamos nos conscientizar de que nós, os laboratórios, não fazemos testes rápidos, muito menos testes fáceis. Vamos deixar essas condições para as farmácias, que sequer possuem uma centrífuga para trabalhar com soro ou plasma, para melhorar a visualização das reações... E, definitivamente, esquecer que existem testes rápidos ou testes fáceis. Temos uma RDC a cumprir.” (Irineu Grinberg)


3. Manter uma reserva financeira é questão de sobrevivência


As flutuações na receita dos laboratórios sempre existiram, mas o “abre e fecha” dos estabelecimentos tornou ainda mais imprevisíveis os dias que estão por vir, pois sabemos que o funcionamento do comércio guarda certa relação com o número de infectados.


Por conta disso, é importante prever uma margem de segurança financeira no fluxo de caixa do laboratório, a fim de evitar situações constrangedoras, como a falta de recursos para o pagamento de fornecedores ou funcionários. Mesmo com as instituições financeiras oferecendo taxas atrativas para o empréstimo, lembre-se que esse recurso é aconselhável apenas em casos específicos de alavancagem operacional.


4. Realizar testes sem qualidade é um perigo jurídico para o laboratório


Os laboratórios conquistaram sua referência em qualidade através de certificações e medidas sanitárias rigorosas, e devem ter todo cuidado para não perder essa reputação. A etapa pré-analítica dos exames de COVID-19 quando realizada por um laboratório é um grande diferencial para os clientes, mas para de fato auxiliar no controle epidemiológico é preciso ainda atentar a qualidade dos insumos.


Utilizar kits/reagentes de qualidade e atentar-se às melhores metodologias de análise para cada momento são estratégias que podem ajudar nesse sentido. Na pauta “Troia, o Cavalo e as Análises Clínicas”, o advogado Daniel Silveira comenta sobre a importância de um termo de consentimento informado, e a relevância de se referenciar nos laudos informações que resguardem a credibilidade dos sistemas laboratoriais, alcançada com muito sacrifício. Apesar de estarmos falando da COVID-19, os riscos são os mesmos para outros testes e insumos do mercado.



Que a pandemia mudou a rotina e realidade do mundo é evidente, mas não podemos negar o fato de que ela trouxe ensinamentos e aprendizados importantes, em especial para os que atuam na área da saúde. Até que tudo volte “ao normal”, é provável que ainda tenhamos de buscar suporte em diferentes estudos e pesquisas, mas esperamos que tais descobertas tragam as respostas para enfrentarmos a crise atual, assim como para outros desafios que poderão surgir.

E você? A qual constatação chegou com os desdobramentos da pandemia? Compartilhe conosco!

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