O Laboratório que encanta de hoje é sobre a história do primeiro laboratório de Piripiri, no interior do Piauí, com população estimada em mais de 62 mil habitantes. Fundado em 1976 pelo Dr. Cleber Casemiro, o laboratório conta ainda com os filhos do Dr. Cleber Casemiro, a Dra. Monica Amaral e o Dr. Sílvio Amaral. Confira nossa entrevista com os três, que falam de história, conforto do paciente e muito mais!
O laboratório possui mais de 40 anos de vida, e foi o primeiro Laboratório de Piripiri. Como se deu a abertura do laboratório na cidade? Qual foi o impacto na época para a comunidade?
Em outubro de 1974, Dr. Cleber, cearense, chega a Piripiri-PI para assumir o serviço de laboratório do Hospital do município. Sendo o único laboratório da cidade, notava-se a carência do serviço à população ambulatorial e em junho de 1976, inaugura-se o Laboratório Clínico de Piripiri, trazendo maior variedade de exames, convênios e acesso às análises clínicas à população de Piripiri e região, posto que foi também pioneiro na macro região.
Dr. Cleber (ao centro) e seus filhos Dra. Mônica e Dr. Silvio Amaral
Hoje o Dr. Cléber está em transição de administração para os filhos. O que está sendo a chave de sucesso para essa transição?
Um grande companheirismo, a associação entre a experiência de muitos anos e a inovação constante, buscando sempre a qualidade e o melhor serviço ao nosso cliente. Há atualizações, participações em congressos, consultorias, de modo que os pensamentos estejam alinhados na equipe e que as responsabilidades sejam divididas e delegadas em prol do bom andamento do serviço.
Indo na contramão da crise, vocês acabaram de reformar o laboratório e melhorar a apresentação para o público. Como você entende que isso vai colaborar para o laboratório?
Pensamos em trazer maior comodidade e conforto para nosso cliente. Além do investimento em máquinas modernas, atualizações técnicas e gerenciais, preocupamo-nos em proporcionar um ambiente agradável àqueles que procuram nossos serviços.
Você possui salas de coletas específicas para diversos públicos. Quais são elas? O que seus pacientes sentem ao entrarem em um ambiente especialmente preparado para eles?
Tivemos a preocupação de tornar o ambiente mais agradável e confortável para a coleta de alguns públicos, como as crianças que contam com uma brinquedoteca e alguns mimos pós-coleta para aliviar o trauma, ou em alguns exames que requerem maior privacidade de coleta, com salas especiais. Um desjejum é oferecido em virtude da necessidade de jejum prolongado em alguns exames. Enfim, buscamos tratar nosso cliente com empatia, sempre com a qualidade já conhecida e garantida do serviço.
Integrando a equipe de trabalho: Suzi, Katiane, Dr. Silvio, Nalda, Dr. Cleber e Dra Mônica
Vocês fazem diversas campanhas e eventos que contribuem para melhorar a saúde e qualidade de vida da sociedade. Como surgiu isso?
Temos uma política de responsabilidade social intensa, com parcerias com entidades de voluntariado e também prestando serviços à comunidade em datas específicas, como por exemplo, no mês de novembro, onde fazemos campanha intensa no Novembro Azul, período de prevenção ao câncer de próstata, de maneira gratuita e acessível.
O que você acha que foi primordial para a sobrevivência do laboratório durante todo esse tempo? Como você vê o papel da gestão nisso tudo?
A sobrevivência se deve à dedicação total ao laboratório, o que proporciona agilidade e gerenciamento dos serviços executados, com a preocupação constante com atualização técnica, a presença do profissional para receber os clientes e tirar suas dúvidas, investimento em qualidade. São pontos que justificam os 42 anos de trabalho prestado à Piripiri. A gestão se faz de vital importância, pois nesse período, diversas crises econômicas foram atravessadas pelo país e a estabilidade da empresa se manteve.
Qual é o maior desafio de se trabalhar com cidades pequenas? Que dicas você daria para que outros pequenos e médios labs possam superar isso?
Um dos desafios vividos é a relutância de alguns em aceitar que temos as mesmas tecnologias, metodologias e recursos humanos qualificados que os grandes centros. Outra dificuldade, já até diminuída, é acesso a manutenção dos aparelhos.
Como dica, o segredo é um só: trabalhe com qualidade e dedicação para conseguir a confiança dos clientes e dos profissionais de saúde.
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Cleber Casemiro da Silva é Farmacêutico-bioquímico e
Especialista em Análises Clínicas. Responsável técnico pelo Laboratório Clínico de Piripiri desde 1976.
Mônica do Amaral Silva é Farmacêutica-bioquímica pela UFPI, Especialista em Hematologia Clínica e Mestre em Ciências Farmacêuticas
Sílvio do Amaral Silva é Biomédico e Especialista em Análises Clínicas
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