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Madre Águeda: Laboratório que Encanta KIDS




Crianças no laboratório podem ser vistas como problema, ou uma grande oportunidade de crescimento empresarial, profissional e até mesmo pessoal. Com boas dicas, criatividade e sensibilidade, o ajuste desse enfoque vai depender apenas do empreendedor. Desafios e dicas que já abordamos recentemente no artigo “Atraia Crianças para o Laboratório com essas Dicas” ganham vida através da tocante narrativa da farmacêutica dra. Valquiria Giacomini Pinheiro, titular do Laboratório Madre Águeda, de Boqueirão do Leão (RS). Leia, e inspire-se:





“Coleta infantil lembra o início do meu trabalho com o Madre Águeda, há 29 anos... Vindo de grandes hospitais como o Clínicas e a PUC em Porto Alegre, valorizo muito a obtenção de uma boa amostra, bem coletada. Se em adultos essa já é uma questão delicada, com as crianças então, é um compromisso redobrado. O choro, a tensão, a agitação, podem alterar leituras de leucócitos, ou hormônios ligados ao estresse, ou provocar uma descarga de glicose… Criança exige da gente uma atenção muito maior.


Quando comecei, ainda como estagiária, as coletas infantis eram chocantes. Não existiam agulhas especiais, não existiam tubos para microcoleta de 0,2 ou 0,3 ml que garantem o padrão necessário, e a gente acabava fazendo muita coleta em jugular ou femural. Bem traumático, tanto que tinha muita orientação para os pais nem estarem junto, e muitos acham importante que os pais não acompanhem a criança, para não aumentar o estresse do coletador quando as coisas se complicam. Eu discordo totalmente, desde sempre.


Importante é a gente ter uma boa preparação, o material correto, ter um psicológico forte - a coleta infantil não é para qualquer um - e dar muito valor para um profissional quando ele tem o dom para esse trabalho. Eu tenho um presente aqui no laboratório há mais de vinte anos que é uma coletadora com visão muito próxima à minha, em agilidade, em acolhimento, que é a Merice. Ela é reconhecida em toda comunidade de Boqueirão do Leão, por ser há décadas técnica em enfermagem no hospital local. Ela recebe, acolhe, brincando, rindo, tem atitude, passa tranquilidade para os pais. Tem que ser assim.




Se os pais escolheram o laboratório, a gente tem que acolher. Não é só atender, é acolher. Aqui a gente dá balão, dá o “Certificado de Coragem”, a “Medalha de Corajoso”… Tem também o “Mural do Super-Herói”, com fotos do “Herói do dia”, que a gente compartilha com autorização dos pais. E tem o “kit laboratório” que eles adoram, a gente dá uma seringa - sem agulha, apesar que alguns deles querem com agulha, (risos) - e uns dois ou três tubinhos estéreis e eles levam para casa para brincar, enchem de água, brincam que estão dando injeção na vó… Às vezes a gente recebe uma fotinho da criança brincando “de laboratório”.



Olha, o que a gente dá de brinde, ainda mais dependendo do convênio, pode não compensar no lucro. Mas penso sempre que não precisa ter lucro num hemograma infantil. Porque tudo isso nos levou a criar uma marca bem diferenciada, clientes vêm de cidades próximas fazer o exame aqui, às vezes com uma criança que já foi muito traumatizada, bebês, recém-nascidos, e sempre somos muito resolutivos. Então, a gente vai ganhar é com os pais voltando sempre, com a propaganda que mãe vai fazer lá na creche, lá na escola… Esse vai se tornar um cliente muito fiel.


Uma dica é procurar agendar para um horário que o laboratório não esteja lotado, que a equipe esteja relaxada, e possa se envolver nesse atendimento. Eu primo muito pela rapidez, pelo tempo que a criança passa no laboratório. O fato da criança ficar na recepção já é um problema. Uma ótima foi colocar a área infantil bem na entrada. Porque a criança já entra com a curiosidade do brinquedo, e não com aquela situação de estar olhando para tudo e pensando ‘o que vão fazer comigo?’. Ela já entra acolhida para brincar.





Se possível, tira o avental branco. Avental branco remete a vacina, a hospital, a posto de saúde. Faz uns cinco anos que no grupo LAS - Laboratórios Associados - inventamos a ideia de um avental todo colorido, cheio de super-heróis, e com um bolso oculto na frente onde ficam a seringa e a agulha, para a coletadora pegar só no momento certo mesmo.





Temos também um folheto que entregamos aos pais quando vêm marcar, explicando como é a coleta infantil, como eles devem preparar a criança… Porque aqui, na cultura do interior, ainda tem aquilo de dizer “te comporta, se não vai tomar injeção”. A gente tenta educar. Desde que temos a parceria do Aceleralab isso foi muito facilitado porque através da divulgação, das redes sociais, aos poucos está mudando essa ideia.





Um caso que nos dá muita gratificação são duas maninhas gêmeas de quatro anos, clientes desde antes de nascer. Elas ficam tão felizes com tudo que acontece no laboratório, os brindes, as brincadeiras, para elas é um evento maravilhoso. Da última vez que vieram, depois perguntaram à mamãe: ‘quando é que a gente pode voltar para brincar lá no laboratório?’ Então, vale muito a pena investir nas crianças.”


Se você também tem algum case de sucesso sobre o atendimento infantil para contar para a gente, mostre para a gente marcando o @aceleralab nas redes sociais!




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