A tão desejada notícia sobre a vacina chegou como um presente de Natal, e trouxe esperança de dias melhores. O progresso da ciência se deu em tempo recorde, porém a vacinação ainda pode demorar para chegar a toda a população, o que causa a necessidade de pisar devagarinho no acelerador. Muito possivelmente a pandemia tenha reflexos em nossa vida no mínimo até o primeiro semestre do ano.
Em 2021 viveremos um ano de uma transformação “com protocolos”, em que os laboratórios continuarão desempenhando um papel imprescindível para o controle e rastreio epidemiológico, sendo referência nas análises clínicas de qualidade. Por esta razão, mais do que nunca o Aceleralab irá reforçar seu trabalho de apoio à gestão laboratorial, com pautas relevantes em nosso blog, e em projetos que iremos divulgar nos próximos meses.
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Para começar com o pé direito em 2021, trouxemos algumas reflexões sobre os aprendizados de 2020.
As heranças negativas de 2020
Concorrência perigosa
Infelizmente, pudemos presenciar ao longo da pandemia diversas tentativas de introduzir outros estabelecimentos para realizarem testes além dos laboratórios de análises clínicas, sem o mínimo de garantia acerca da qualidade técnica pré-analítica e pós-analítica. Além destes estabelecimentos representarem uma concorrência desleal, visto que os laboratórios investem continuamente em qualidade para estarem aptos a realizarem exames, esses também são perigosos para a saúde pública, uma vez que os seus laudos não possuem validade técnica.
Vale salientar que a entrada de novos concorrentes é um movimento natural de uma economia saudável, salvo quando podem atentar contra a integridade da população. Portanto, é imprescindível que o setor laboratorial se mantenha unido para garantir que maus concorrentes não aproveitem as brechas da lei para ingressarem no mercado.
Maus fornecedores
No início da pandemia, em meio a tantas incertezas provocadas pelo novo coronavírus, a escassez de insumos, a alta demanda por diagnóstico e as baixas exigências para aprovação de novos testes, permitiram que novos fornecedores e produtos de qualidade duvidosa chegassem em peso nos laboratórios e demais estabelecimentos, como nunca antes visto.
Em tempos de crise, é preciso estar atento aos riscos de implementar uma solução de má qualidade ou, ainda, que possam induzir equivocadamente um consumidor. É melhor deixar um paciente insatisfeito por não ter o exame disponível, do que oferecer um exame que possa atentar contra à sua integridade.
Capacidade analítica prejudicada
Quando a OMS alertou sobre o potencial pandêmico do COVID-19, ainda em Janeiro, muitas pessoas não acreditaram na possibilidade do mundo inteiro desacelerar rigorosamente por mais de um ano. No entanto, enquanto milhares de brasileiros se preparavam para aproveitar o carnaval, sem nem sonhar com a COVID-19, alguns países que já haviam passado pelo H1N1 estocavam álcool gel, insumos e máscaras.
A pandemia testou a habilidade de atenção dos gestores de todos os segmentos. Quem já conhecia a movimentação de mercado em cenários de pandemia por experiências passadas, como foi com o H1N1 em 2009, pode se preparar para a falta de insumos e rever suas previsões de estoque para meses de escassez.
Estar atento às ameaças e as oportunidades proporcionadas por movimentações externas ao laboratório é de suma importância para a sobrevivência, porém muitas variáveis são desconhecidas e podem atrapalhar a visualização de cenários.
As heranças positivas de 2020
A real importância da reserva financeira para o fluxo de caixa
Os gestores que vivem na margem do seu fluxo de caixa podem ter sofrido um pouco mais no começo da pandemia. Com a baixa abrupta do movimento entre março e abril, muitos laboratórios puderam experimentar algum tempo uma oscilação negativa no fluxo de caixa, o que evidenciou a importância de ter algum dinheiro guardado para períodos de baixa movimentação no laboratório.
Além de evitar que o gestor tenha que mexer nas próprias finanças para pagar as contas do laboratório, a reserva financeira é uma garantia de que a empresa poderá remunerar inclusive a própria diretoria, além de não pagar altas taxas de juros por períodos prolongados para os bancos. Mais adiante, falaremos um pouco mais sobre esse tema.
Investir na hora certa, nos diferenciais certos, faz diferença
Enquanto alguns laboratórios preferiram retrair as contas para garantir que pudessem honrar com seus compromissos financeiros, outros aproveitaram a sua capacidade de observar os sinais do mercado e de usar o dinheiro que tinham provisionado para investir em tecnologias que atendessem as demandas que estavam por vir. Quem arriscou investir ainda no começo da pandemia na aquisição de equipamentos para liberar resultados in-loco de RT-PCR para COVID-19, pôde colher resultados financeiros recordes.
Aceleração digital
Na corrida pela adaptação do negócio ao “novo normal”, logo no começo da pandemia, os laboratórios de todo o Brasil foram impulsionados pela aceleração digital causada pelo isolamento domiciliar, o trabalho home-office e o aumento da demanda por prestação de serviços e atendimentos on-line.
Os laboratórios conectados que se colocaram à disposição de seus clientes de forma digital puderam recompor mais facilmente o fluxo de atendimentos. O uso das mídias digitais e ferramentas de atendimento online, além de terem um baixo custo de adesão, podem ser rapidamente implementadas por qualquer tipo de estabelecimento, mesmo em cidades longes dos grandes centros. O meio digital também proporcionou formas novas de aprendizagem, com ambientes de discussão de casos clínicos e atualizações científicas acessíveis em todo o território nacional.
Conta para a gente qual foi a herança de 2020 para o seu laboratório!
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