Desde a inauguração do aceleralab, temos falado sobre estratégias para aumentar o número de clientes do laboratório e, consequentemente, expandir os negócios. E durante a pandemia, cabe lembrar, muitos gestores puderam subitamente experienciar esse crescimento, tendo a oportunidade de bater metas históricas de faturamento. Agora, passado o período de euforia inicial, é o momento de consolidar e avançar essa posição: o laboratório cresceu, e deve continuar crescendo.
Se a expansão foi difícil, dadas as condições mercadológicas e os desafios inerentes à gestão de um negócio no Brasil, manter um empreendimento vivo e em crescimento é ainda mais trabalhoso. É fácil encontrar dicas de como crescer, mas nem sempre encontramos orientações sobre como enfrentar as dificuldades inerentes a esse crescimento. Por isso, confira as reflexões que trazemos hoje.
A verdade é que o sucesso tem um custo
Apesar do faturamento alto proporcionado por um laboratório lucrativo ser um ótimo prêmio, pouco se fala sobre o ônus de se chegar lá. São muitos os erros cometidos até que os acertos sejam alcançados, deixando um rastro de tempo, dinheiro e de esforço mental investidos ao longo dessa caminhada. E quando finalmente chegamos lá, quando todos os nossos sonhos se concretizam e as metas são atingidas, é também quando, eventualmente, nos sentimos mais cansados. E o maior engano que pode ser cometido nesse momento é relaxar demais, acreditando que, afinal, “o principal já foi feito”.
A verdade é que você, como gestor, está apenas iniciando uma nova etapa, cheia de novos desafios, que precisa, como nunca de atenção e energia para se manter sustentável. Para ativar essa dose extra de ânimo e vigor, talvez seja o momento de aprender a delegar tarefas, e se desembaraçar do trabalho braçal, ficando mais livre para ajustar o foco naqueles pontos onde você é insubstituível. O que nos leva ao próximo tópico.
Delegar não significa abrir mão do negócio
Crescimento significa mais trabalho. E se o gestor não delegar tarefas, provavelmente terá um burnout, que é que você menos deseja ou precisa nessa etapa do negócio. Então, para conseguir focar no que realmente interessa, que é o pensamento estratégico do negócio em crescimento, o dono do laboratório contrata uma equipe qualificada para atuar como gestores intermediários dos desafios do dia-a-dia. E descobre que vinha arcando com uma carga de trabalho compatível não com uma, mas com quatro ou cinco pessoas. Não admira que estivesse cansado!
O risco é que, nessa busca por um fôlego para descansar, o gestor flexibilize demais o controle do laboratório, deixando que a nova equipe coordene com mais autonomia do que seria desejável a gestão dessa nova (e importantíssima) etapa do negócio. Não é uma boa ideia, pois só quem viveu os desafios do passado conhece a fundo os problemas da atualidade, e sabe melhor que ninguém como resolver a situação, com foco no bem do negócio. Esse alguém é o próprio gestor.
Portanto, evite delegar se distanciando demais das obrigações de gestão, o que significa dar o poder de decisão estratégica do seu negócio para outras pessoas que talvez não estejam tão aptas ao cargo.
A expansão precisa ser lucrativa
Crescimento atrai mais crescimento. Afinal, o gestor está investindo, fazendo networking e sendo apresentado a novas oportunidades tentadoras de negócios. O mercado quer estar próximo de quem está prosperando, isso não é novidade. E aí chega o momento em que precisamos saber diferenciar um crescimento lucrativo de um simples aumento de faturamento. Crescer pela simples possibilidade de expansão pode não fazer mais tanto sentido quanto faria em uma etapa anterior. E antes de atingir o patamar desejado, eventualmente precisamos aumentar o volume de receita, para garantir que os custos sejam pagos. Uma expansão que não esteja amparada por uma estratégia sustentável pode trazer mais custos do que lucro, o que irá engolir a margem conquistada anteriormente. Ou seja, mais trabalho, mais estresse e mais desgaste mental por menos lucro, o que irá distanciar o gestor do objetivo principal.
Estudar para vencer os desafios
Novos desafios demandam novos esforços cognitivos do gestor para serem resolvidos. Ou seja, o que aprendemos até então, talvez não seja mais suficiente para nos levar adiante. O mercado está sempre evoluindo, e se não acompanharmos essas tendências e mudanças, o negócio facilmente estagnará, ou, pior, retrocederá frente a tudo o que já foi conquistado.
Por isso é necessário continuar estudando, se aperfeiçoando, lendo e, acima de tudo, abrindo a mente para absorver o que está sendo ensinado. Conforme o tempo passa, pode ser mais difícil entender e aceitar algumas mudanças. Mas isso não pode ser um impeditivo para que o gestor continue aprendendo em prol do seu laboratório. O cérebro é como um músculo, e como tal, deve ser sempre exercitado.
Focar em novos objetivos
Como já comentamos, é importante delegar tarefas mais básicas para que tenhamos tempo para focar no planejamento do negócio em crescimento. É fácil se perder no meio dos “incêndios” do dia-a-dia (a verdade é que os incêndios que tentam tomar o nosso tempo não param nunca, ok?), mas o foco estratégico é onde a energia do gestor precisa fazer morada.
E um dos primeiros impasses que encontramos é: para onde vamos agora? Você cresceu, a meta foi concretizada, mas qual será o próximo passo? A falha em fixar um objetivo que irá guiar os próximos passos do seu negócio traz inúmeros prejuízos. Pode estagnar o crescimento, levar à desmotivação pessoal e, o pior de tudo, desviar o laboratório de um caminho financeiro ainda mais promissor e lucrativo. Por isso, sonhe, e olhe sempre para a frente, mas com conhecimento e responsabilidade.
Vale lembrar que esses são apenas alguns dos desafios que um laboratório em crescimento encontrará pela frente. Para manter o sucesso conquistado com muito esforço, o gestor precisa se manter resiliente, e mais focado do que nunca na sustentabilidade do seu negócio. Afinal, se você já fez tanto chegando até aqui, por que parar e abrir mão logo no melhor momento? Resgate seu entusiasmo, e siga em frente! E aí, qual foi a sua experiência ao crescer a operação do laboratório? Seria ótimo se você compartilhasse conosco!
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